O mercado de suplementos alimentares no Brasil tem experimentado um crescimento significativo desde 2020, ano em que cresceu 29,2% em faturamento, mas segundo dados da Scanntech, empresa de inteligência de dados que lê mais de 763 bilhões de reais do faturamento do varejo alimentar brasileiro de mais de 45 mil PDVs, foi no ano seguinte que o consumo desses produtos registrou um forte aumento de 43,2%, impulsionado pela busca por uma melhor saúde e bem-estar. Embora o ritmo de crescimento tenha desacelerado nos anos subsequentes, o mercado continuou a expandir, com um impacto notável nos preços dos suplementos, que começaram a subir expressivamente a partir de 2022, quando atingiu a maior alta de 34,8% nos preços dos suplementos, a taxa de crescimento dos preços começou a desacelerar, caindo para 27,6% em 2023 e atingindo 21,5% em 2024.
“A variação do dólar é um fator-chave que influencia diretamente os preços dos suplementos no Brasil, seja pela importação de insumos para fabricação local ou pela importação direta de produtos finais. Com a alta do dólar nos últimos anos, os preços dos suplementos aumentaram significativamente. No entanto, agora estamos observando uma tendência de queda nos preços de alguns produtos, como a creatina, que se tornou mais acessível recentemente. Essa redução de preços tem impulsionado o crescimento do mercado de suplementos nos últimos meses”, explica Lucas Ramos, Gerente de Inteligência de Mercado da Scanntech.
De fato, agora, em 2024, o consumo de suplementos alimentares voltou a acelerar, paralelamente à uma desaceleração nos preços de 6 pontos percentuais (p.p.). Em termos de faturamento do setor cresceu de 34,1% em 2023 para 39,3% em 2024, com um aumento de volume de 17,8% em comparação com 5,1% no ano anterior.
Comparado à cesta de mercearia (itens de necessidade complementares que compõem a mesa do consumidor), o segmento de suplementos alimentares apresentou um desempenho muito superior em 2024. Embora os suplementos representem apenas 0,21% das vendas totais da cesta de mercearia, o crescimento em volume foi de 17,8%, em comparação à queda de 0,8% da cesta de mercearia. Já em faturamento, os suplementos atingiram 39,3%, versus 2,3% da mercearia. O preço por volume dos suplementos cresceu 22%, enquanto o da mercearia subiu apenas 3%.
Ramos explica que a democratização da categoria de suplementos no varejo alimentar, expandindo-se para além das lojas especializadas e entrando cada vez mais em supermercados comuns, também tem tornado esses produtos mais acessíveis ao consumidor final. “O movimento foi intensificado pela isenção das taxas de importação de suplementos a partir de 2022, mas também é preciso entender que o shopper está mais disposto a fazer melhores escolhas de consumo e investir mais para isso”, finaliza.
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MARIANA FIORINI FELIPE
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