A crise climática guarda suas oportunidades. O Grupo JB elegeu a descarbonização como o seu desafio, em meio às celebrações do seu 60º ano de fundação. O cenário de mercado é animador, já que a descarbonização da economia se tornou palavra de ordem. Ela representa grandes possibilidades para os produtores de energia limpa, como o Grupo JB.
A diretora-executiva do grupo, Carolina Beltrão, tem a dimensão dos obstáculos pela frente. “A competição é acirrada e a cadeia de negócios da descabonização tem grandes desafios a superar”, analisa Carolina Beltrão, representante da 3ª geração à frente da companhia, que começou em Pernambuco, estado fundado pelos negócios internacionais da cana-de-açúcar.
Com esse histórico, alta competitividade é parte da rotina em um grupo que tem o etanol como carro-chefe da empresa. A safra de 2023/2024 representou para o Grupo JB 70 mil metros cúbicos de etanol. O combustível foi destinado ao atendimento da demanda interna e às exportações para a América, Europa e África.
O Grupo JB analisa o panorama da bioenergia, particularmente do etanol, de forma positiva no médio e longo prazos. O movimento dos estados nordestinos para atraírem polos de fabricação de hidrogênio verde com uso do álcool abre um campo de oportunidades no conhecido mercado de energia descarbonizada.
Estes dados e as macro políticas nacionais e internacionais são consideradas pela diretora-executiva Carolina Beltrão. “Nossa expectativa é que a área de biocombustíveis passe a ter um peso maior em nossas operações devido à descarbonização e seus impactos em diversos setores econômicos que vão demandar energia limpa”, avalia Carolina Beltrão.
O etanol é destaque no portfólio de negócios do grupo, com unidades industriais Companhia Alcooquímica Nacional, em Vitória de Santo Antão, Pernambuco; e a Linhares Agroindustrial S.A (Lasa), em Linhares, Espírito Santo.
História
O Grupo JB nasceu em 1964 como um pequeno engenho de aguardente, no município de Vitória de Santo Antão, a 48 quilômetros do Recife. Mas o primeiro grande salto na história da empresa foi impulsionado justamente pelo etanol.
Em 1982, a companhia estreou na fabricação de etanol hidratado para uso automotivo, aproveitando a demanda criada pelo Programa Nacional do Álcool (Proálcool), lançado em 1977.
Em 1990, a JB deu um passo ainda maior no setor de bioenergia ao construir, em parceria com outras usinas, o Tecab, localizado na Paraíba. O terminal de granéis líquidos impulsionou as operações de importação e exportação de álcool do grupo.
Em 1996, o Grupo JB ampliou a presença no setor, com a aquisição da Lasa. A localização da Lasa no Espírito Santo é estratégia para o Grupo JB garantir a produção de álcool o ano inteiro, já que as safras da região Nordeste e Sudeste acontecem em períodos distintos e são complementares.
Mais negócios
O Grupo JB produz energia a partir da cogeração com bagaço de cana em Vitória de Santo Antão e Linhares. A produção é destinada ao mercado livre de energia. Também produz 75 mil toneladas (última safra) de açúcar para exportação.
Outro produto é o CO2 puro grau alimentício, manufaturado pela Carbogás, maior fabricante 100% nacional desse gás. A Carbogás tem capacidade para industrializar 525 toneladas por dia de CO2 e possui 12% do mercado brasileiro deste produto.
A aguardente de cana, patrimônio cultural do Brasil, segue no portfólio da companhia. A produção de cachaça do grupo na safra passada atingiu 35 mil metros cúbicos, destinados às maiores indústrias de bebidas instaladas no Brasil e a diversos países em todo o mundo.
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CELSO DA SILVA CALHEIROS
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