O pagamento da primeira parcela do 13º salário pode ser feito até o dia 30 de novembro. Um dia depois da Black Friday, que este ano será no dia 29 e deve faturar, só no comércio eletrônico, R$ 7,93 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). A entidade estima que o ticket médio para as compras este ano suba para R$ 738. O problema é que nem todo mundo tem o valor para gastar.
“Novembro traz duas situações importantes, mas que podem ser delicadas: de um lado, as pessoas recebem um valor extra, que não contam no dia a dia. Por outro, veem os produtos que desejam a valores mais baixos. Essa combinação leva a acreditarem que podem adquirir aquilo que querem, esquecendo que tanto o fim do ano como o início dele trazem uma série de despesas que precisam do 13º salário para serem quitadas”, explica Lucas Moura, consultor financeiro da TudoNoBolso, fintech de educação financeira, soluções de crédito e benefícios corporativos.
O especialista adverte, então, que é preciso atenção antes de se deixar levar pelas “ofertas imperdíveis” anunciadas na Black Friday. Ele listou cinco dicas para proteger o 13º das tentações. Confira:
Antes de qualquer coisa, certifique-se de que as contas básicas e essenciais estão em ordem, como água e luz. Cartão de crédito, que tem taxa de juros altíssima, também precisa ser quitado. Se estiver com pagamento atrasado, então, nem olhe as promoções, priorize isso!
Faça uma lista prevendo os gastos que terá nas festas de Natal e Réveillon, nas férias dos filhos e pagamentos de início de ano (impostos, material escolar, etc.) para ver se, de fato, irá sobrar um valor do 13º para gastar na Black Friday.
Fuja das falsas promoções. Nem sempre aquilo que é descrito como valor promocional de fato é. É preciso começar a pesquisar o produto que quer adquirir com pelo menos um mês de antecedência para ir avaliando a variação do preço. Muitas marcas, infelizmente, ainda aumentam o valor na semana que antecede a Black Friday para, depois, dizerem que deram desconto no dia D.
Pesquise a reputação do lugar onde pretende comprar. Novamente, é preciso lembrar que muitos criminosos se aproveitam da data. Então não compre em um site duvidoso, em que as chances de não receber o item adquirido são grandes.
Aposte em produtos que estejam com pelo menos 20% de desconto. Menos do que isso pode ser uma variação que você já encontraria em outros períodos do ano, que não demandam tantos gastos.
Lucas ainda pondera que é preciso gastar com moderação e lembra que o melhor dos cenários é o de quem que não precisa da Black Friday para poder fazer compras. “Se uma pessoa tem saúde financeira, ela consegue colocar aquilo que deseja no seu orçamento. E esse é o melhor dos mundos: quando se pode comprar o que quer o ano inteiro. Por isso, mais do que seguir as dicas acima em novembro, é importante fazer o planejamento de gastos de janeiro a dezembro. Isso evita surpresas e aumenta o poder de compra”, afirma.
O consultor da TudoNoBolso também alerta que, se sobrar dinheiro, vale já pensar em uma reserva financeira para 2025, evitando exposição a linhas de crédito com juros mais altos, ou ainda poupar de olho na aposentadoria, para não depender integralmente do INSS.
Sobre a TudoNoBolso
Fundada em 2024, a nova fintech TudoNoBolso nasce com o propósito de ajudar a resgatar a autoestima e o bem-estar do trabalhador. Oferece, através de uma plataforma única e simplificada, crédito consignado privado, descontos em instituições de ensino, farmácias e outros estabelecimentos, além de orientação financeira. A fintech é comandada por cinco sócios-fundadores com grande experiência no mercado.
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KAREN VILLERVA GONÇALVES
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