São Paulo, 26 de novembro de 2024 – A BrazilFoundation, entidade que promove filantropia estratégica no Brasil, acaba de anunciar os resultados do primeiro ciclo de investimentos do Fundo de Equidade de Gênero. Lançado no fim de 2022 com o objetivo de oferecer suporte financeiro e técnico a programas e redes de atendimento a mulheres e meninas em situação de vulnerabilidade e à população LGBTQIA+, o fundo destinou R$ 1,25 milhão a nove organizações da sociedade civil (OSCs), gerando impacto na vida de mais de 7000 pessoas.
Por meio de edital, foram selecionadas as OSCs Associação Brasileira de Enfermagem – ABEN (DF) Associação Central de Cidadania (BA), Associação dos Amigos da Vida (DF), Coletivo de Mulheres Negras Maria-Maria – COMUNEMA (PA), Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde (SP), Grupo de Apoio Solidariedade – GAS (PA), Grupo ELLOS (RJ) e Mulheres Evangélicas pela Igualdade de Gênero (SP), que receberam no primeiro ciclo aporte de R$ 150 mil cada, com possibilidade de renovação por mais 12 meses; já o Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (SP) recebeu inicialmente R$ 50 mil como seed money, investimento destinado ao projeto e instalação da organização.
A partir do fortalecimento das instituições de apoio na promoção de iniciativas de qualificação profissional, aplicação de tecnologias sociais de conscientização e prevenção à violência de gênero e promoção da saúde e direitos sexuais e reprodutivos e na proposição e monitoramento de políticas públicas, foi possível chegar aos seguintes resultados:
-150 mulheres e pessoas LGBTQIAP+ receberam capacitação/treinamento profissional, ampliando chances de emprego e renda;
-251 agentes, gestores e gestoras na área da saúde pública sensibilizadas ou treinadas no enfrentamento à violência de gênero e direitos sexuais e reprodutivos para garantir direito à saúde humanizada a mulheres, em especial mulheres negras, e população LGBTQIA;
-2.025 pessoas passaram por processos de sensibilização e formação em direitos humanos e promoção de equidade de gênero;
-1.080 mulheres e pessoas LGBTQIAP+ atendidas e/ou encaminhadas a serviços de apoio em casos de violência de gênero;
-1.860 mulheres e pessoas LGBTQIAP+ atendidas e/ou encaminhadas a serviços na área da saúde sexual e reprodutiva;
28 ações de advocacy realizadas para o enfrentamento à violência de gênero e garantia de direitos sexuais e reprodutivos.
Uma das iniciativas implementadas com recursos do fundo foi a Habilitação para Inserção de DIU por Enfermeiras, promovida pela ABEN-DF, que ofereceu treinamento para cinco turmas, num total de 88 profissionais. “Dar a opção de um método contraceptivo para mais mulheres, principalmente em áreas mais vulneráveis, é uma conquista. Escutar de mulheres que esperaram anos para colocar um DIU e vê-las saírem emocionadas do consultório é gratificante”, afirma Janaína Santos, enfermeira que participou da qualificação.
“A desigualdade de gênero se reflete nas disparidades socioeconômicas e faz das mulheres e seus dependentes os mais impactados pela pobreza, fome e violência, notadamente em um país onde mulheres são responsáveis por quase 50% dos lares, segundo o último Censo do IBGE. Também devemos lembrar que o Brasil é o país mais hostil à comunidade LGBTQIAP+, com o maior índice de assassinatos por motivação homofóbica em todo o mundo. Portanto, o trabalho dessas entidades de apoio representa um movimento importante na luta por maior segurança, saúde e autonomia de vida para mulheres, meninas e pessoas LGBTQIAP+”, conclui Rebecca Tavares, presidenta e CEO da BrazilFoundation.
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PEDRO HENRIQUE DE CARVALHO CASSIANO
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