A capital mineira encerrou o primeiro semestre de 2024 com uma redução de 0,85% no cadastro de inadimplentes, em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), ainda que o recuo seja tímido, foi melhor que os indicadores do país, do estado e da região Sudeste que, no mesmo período, avançaram 0,53%, 1,17% e 0,75% respectivamente.
“O número de inadimplentes em Belo Horizonte reduziu e isso indica que houve mais pagamentos de dívidas do que novas inadimplências. Os consumidores têm melhorado sua capacidade de pagamento, principalmente pelo aumento da renda disponível e resiliência contínua do mercado de trabalho, que segue com saldo positivo na capital mineira”,esclarece o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Assim como nos demais meses do ano, as mulheres encerraram junho liderando o cadastro de inadimplentes (47,29%). Entretanto, o valor devido por elas (R$5.122,79) é ligeiramente menor que o dos homens, R$ 5.458,34. “As mulheres têm rendimentos inferiores aos homens e, além disso, a maioria delas são responsáveis por gerir as contas da casa. Isso as torna mais sensíveis à inadimplência”, explica Marcelo de Souza e Silva.
A população entre 50 e 64 anos encerrou o mês de junho como os principais ocupantes do cadastro de inadimplentes (23,16%) e uma dívida média de R$ 4.897,93. Já o grupo etário entre 30 e 39 anos devem o maior valor, R$ 6.358,02. Os valores médios devidos e a representação no cadastro de inadimplentes por faixa etária são:
18 a 24 anos = R$ 3.406,81 – 4,42%
25 a 20 anos = R$5.325,72 – 9,89%
30 a 39 anos = R$6.358,02 – 22,73%
40 a 49 anos = R$5.757,91 – 22,36%
50 a 64 anos = R$4.897,93 – 23,16%
65 a 84 anos = R$4.044,61 – 14,15%
85 a 94 anos = R$2.337,05 – 2,25%
95 anos ou mais = R$1.456,55 – 0,84%
R$ 5 mil é o valor médio da dívida
De forma geral, os belo-horizontinos encerraram o mês de junho devendo, em média, R$ 5.180,70. Este valor representa um aumento de 0,91% em relação a maio. Em relação ao número de dívidas por CPF, o primeiro semestre do ano fechou com uma média de duas por cada titular.
O indicador de dívidas em atraso, que diz respeito aos títulos vencidos desde o primeiro dia do pagamento em atraso e, assim, permite um acompanhamento mais fiel do desenvolvimento da inadimplência, revela que no mês de junho o índice foi 1,18%, o menor para o ano. “Comparando com o início do ano, onde o indicador foi de 9,75% em janeiro, observamos uma tendência de diminuição ao longo dos meses. Este declínio acentuado ocorreu pela melhora nas condições econômicas e na gestão financeira dos devedores, levando a uma redução na inadimplência geral na cidade”, explica o presidente da CDL/BH.
Em comparação a junho de 2023, onde o indicador era de 16,53%, a redução em junho de 2024 é ainda maior. “Esse resultado pode ser atribuído à melhora na renda, no mercado de trabalho e aos esforços bem-sucedidos de políticas de recuperação de crédito, como o programa Desenrola Brasil”, finaliza Marcelo de Souza e Silva.
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MARIA CRISTINA GOMES REIS
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